Novos amigos...

Até que ponto as novas amizades são mesmo novas… Ou melhor, não se trata bem de essas amizades serem novas, ou não, mas mais se essas amizades são “livres” ou não. Se olharmos para trás, na maior parte dos casos os novos amigos que vamos fazendo são como que um aumento ao círculo de amigos que já existe. Existe sempre uma desconfiança para com novas pessoas à nossa volta, no entanto, se tivermos um “elo” de ligação que nos traga alguma confiança (um amigo comum) estamos na disposição de tentar conhecer essa pessoa nova e pelo menos ver se é alguém com quem podemos passar algum tempo.

Na semana passada, fui passar o fim-de-semana fora com dois amigos. Tínhamos pensado o fim-de-semana de uma forma e acabamos por decidir fazer algo completamente diferente… Acabamos por ir para uma outra cidade, ter com uma amiga de uma das pessoas que ia connosco, e lá acabamos por ir ter com um grupo de pessoas que não conhecemos de lado nenhum… Em boa verdade, se não houvesse o tal “elo de ligação” mais dificilmente faríamos uma coisa dessas, e não íamos conhecer as pessoas nem mesmo a um nível de confiança muito baixo que é o que temos “na noite”… Parece estranho, mas se pensarmos um pouco poderemos concluir que estamos sempre aprisionados aos nossos “grupinhos” e aos amigos comuns de cada grupo… Se calhar isso acaba mais por acontecer em alguns locais do que outros, ou noutras alturas do que outras, mas em situações normais a desconfiança acaba por ser mais forte do que a vontade de conhecer pessoas novas e passar por coisas novas…

É claro que há locais onde por uma questão de cultura as pessoas são mais “abertas” e não estão tão preocupadas, e acabam por ser mais acessíveis a uma conversa daquelas de “noite”, mas será que o que poderá sair de um encontro ocasional desse tipo será uma “amizade sem fronteiras”?? Por muito fodido que seja, temos que reconhecer que os novos amigos são consequência do círculo de amigos que já temos… …ou será um pouco diferente?